segunda-feira, 26 de maio de 2008

História - À Procura do Santo Graal








Bem, como o nome deste blog deixa bem explícito, não poderia faltar matérias sobre esse que é um dos maiores mistérios da humanidade (assunto do qual o dono do blog é fanático), o Santo Graal. O Graal tem muitos significados, mas isso é um assunto que iremos tratar com mais calma com o decorrer do tempo, pois o assunto é bem longo.

Começaremos com uma versão bem simplória e talvez a mais conhecida do Santo Graal, como um dos principais temas dos romances desse que é o maior herói da Bretanha e talvez um dos personagens mais cativantes e lendários do Ocidente, o Rei Artur (o qual o blogeiro também é fã). Vale lembrar que essa é uma versão com visão medieval, misturando o que mais agradava o povo da época: cavalaria e a fé cristã. Muito bem, vamos ao que interessa.


No centro da lenda do Rei Artur, situa-se a história da procura do Santo Graal, o cálice em que Jesus bebeu na Última Ceia e se supunha possuir poderes milagrosos de cura e regeneração. O cálice, juntamente com a lança que o soldado romano trespassou o lado de Jesus crucificado, foi entregue a José de Arimatéia, cujos descendentes (ou o próprio Arimatéia) o levaram para a Inglaterra. Segundo a lenda, um dos guardiães das santas relíquias, esqueceu-se de tal forma da sua sagrada missão que olhou com luxúria para uma peregrina, o que fez com que a lança lhe caísse em cima, provocando um ferida que não sarou. O Santo Graal desapareceu nessa época.

Merlin enviou uma mensagem a Camelot, dizendo ao rei Artur que iniciasse a busca pelo cálice perdido. O cavaleiro destinado a encontrá-lo, sugeria o mago, apareceria em breve. Artur e seus cavaleiros encontravam-se reunidos à volta da távola redonda na vigília de Pentecostes quando um trovão e um relâmpago precederam uma visão do Santo Graal, que surgiu coberto de um rico pano branco, flutuando através da sala. Pouco depois, um velho propôs um candidato para o último lugar vago na távola redonda. Esse jovem cavaleiro era Sir Galahad, filho de Sir Lancelot.

Durante a procura do Santo Graal, os cavaleiros da távola redonda tiveram inúmeras aventuras e foram frequentemente desafiados a fazer sacrifícios que excediam as suas capacidades. Lancelot, contudo, viria a se excluído da busca por não poder afastar sua paixão proibida pela rainha Guinevere. A Sir Galahad, como Merlin previra, coube a recompensa de descobrir o Santo Graal e ministrar com ele o Santíssimo Sacramento. Ajoelhando diante dele, o jovem cavaleiro compreendeu que a missão da sua vida fora cumprida. Enquanto a sua alma era levada ao céu, o seu corpo morto jazia perante o altar. Exatamente dois anos depois, os cavaleiros regressavam a Camelot para contar ao rei a história da sua aventuresca procura.

Em outra versão da história é Sir Percival quem termina a busca. Encontra o cálice sagrado no Castelo de Monsalvat, nos Pirineus Espanhóis, à guarda de Amfortas, rei dos Cavaleiros do Santo Graal. Mas um feiticeiro havia ferido Amfortas com a lança da crucificação, e o rei jaz morimbundo, recusando-se a receber a Sagrada Comunhão, devido aos seus pecados imperdoáveis. Só quando Percival cura a ferida com um toque da lança, o Santo Graal é revelado sobre o altar.

Um comentário:

Leithe Tywysoges disse...

O Graal ou Holy Grail é o cálice sagrado na qual José de Arimatéia ao retirar Jesus Cristo da Cruz, colheu o sangue de Cristo, reza a lenda que José de Arimatéia foi para as Ilhas Britânicas e enterrou o cálice sagrado na região de Glastonbury, a famosa Avalon de Arthur, peregrinos até hoje se banham nas águas de lagos nessa região, com a crença de que a água é miraculosa devido a cor avermelhada, na qual lembra o Sangue de Cristo. A crença do Graal tem suas origens no paganismo Celta, assim como os gregos também a tinham, graal é uma espécie de recipiente de pedra em que tribos ancestrais usavam nos seus ritos de oferendas, na Cultura Celta, a imagem deste recipiente é o Caldeirão de Dagda, tais crenças pagãs foram associadas ao cristianismo, ganhando a proporção de um cálice, o que não deixa de ser uma oferenda, por isso que no ritual católico a Cálice representa o Sangue de Cristo, enquanto a Hóstia Sagrada o pão, o Corpo de Cristo.